terça-feira, 24 de novembro de 2009

INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE SURDOCEGUEIRA

Conceito:

Ø É uma deficiência única que apresenta a perda da audição e visão de tal forma que a combinação das duas deficiências impossibilita o uso dos sentidos de distância, cria necessidades especiais de comunicação, causa extrema dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, recreativas, sociais, para acessar informações e compreender o mundo que o cerca.
Tipos:

Ø Cegueira congênita e surdez adquirida
Ø Cegueira e surdez adquirida
Ø Surdez congênita e cegueira adquirida
Ø Baixa visão com surdez congênita ou adquirida.
Ø Cegueira e surdez congênita

Causas:

Ø Pré-Natais: Rubéola, Aids, Herpes, Toxoplasmose, Sífilis congênita, Fator RH.
Ø Peri-Natais: Falta de Oxigênio, Icterícia.
Ø Pós-Natais: Meningite, Medicação, Sarampo, Caxumba, Diabetes, Asfixia.
Ø Anomalias Congênitas Múltiplas: Abuso de drogas da mãe, Síndrome do Alcoolismo Fetal.
Ø Outras: Acidente, AVC.
Ø Síndromes.
Quanto ao funcionamento – Segundo Maia (2004):

Ø Baixo nível de funcionamento
Agrupa crianças, jovens e adultos que tenham sua comunicação limitada a aspectos básicos, devido o comprometimento severo de suas vias perceptuais dos sentidos de distância, estes interfere no impulso ou desejo para interagir e aprender sobre o ambiente.

Ø Nível médio de funcionamento
Agrupa crianças, jovens e adultos capazes de interessar-se pelo mundo através dos resíduos das vias perceptuais dos sentidos de distancia. São capazes de generalizar estratégias para resolução de alguns problemas da vida cotidiana e de levar uma vida semi-independente.

Ø Alto nível de funcionamento
Agrupa pessoas surdocegas sem outro comprometimento cognitivo que não seja a própria surdocegueira e que demonstram estratégias de resolução de problemas e interesses. São capazes de levar uma vida e aprendizagem normal com as ajudas necessárias.
Como Ajudar um Surdocego.

1. Ao aproximar-se de um surdocego, deixe que ele se aperceba da sua presença com um simples toque.
2. Qualquer que seja o meio de comunicação adotado, faça-o gentilmente.
3. Combine com ele um sinal para que ele o identifique.
4. Aprenda e use qualquer que seja o método de comunicação que ele saiba. se houver um método, conheça-o, mesmo que elementar.
5. Se houver um método mais adequado que lhe possa ser útil, ajude-o a aprender.
6. Tenha a certeza de que ele o percebe, e que você também o está percebendo.
7. Encoraje-o a usar a fala se conseguir, mesmo que ele saiba apenas algumas palavras.
8. Se houver outras pessoas presentes, avise-o quando for apropriado para ele falar.
9. Avise-o sempre do que o rodeia.
10. Informe-o sempre de quando você vai sair, mesmo que seja por um curto espaço de tempo. Assegure-se que fica confortável e em segurança. Se não estiver, vai precisar de algo para se apoiar durante a sua ausência. Coloque a mão dele no que servirá de apoio. Nunca o deixe sozinho num ambiente que não lhe seja familiar.
11. Mantenha-se próximo dele para que ele se aperceba da sua presença.
12. Ao andar deixe-o apoiar-se no braço, nunca o empurre à sua frente.
13. Utilize sinais simples para o avisar da presença de escadas, uma porta ou um carro.
14. Um surdocego que esteja se apoiando no seu braço, se aperceberá de qualquer mudança do seu andar.
15. Confie na sua cortesia, consideração e senso comum. Serão de esperar algumas dificuldades na comunicação.
16. Escreva na palma da mão do surdocego com o seu dedo indicador.
Ø Qualquer pessoa que saiba escrever letras maiúsculas, pode fazê-lo na mão do indivíduo surdocego, além de traços, setas, números, para indicar a direção, e do número de pancadas na mão, que podem indicar quantidades.
Ø Escreva só na área da palma da mão e não tente juntar as letras. quando quiser passar a escrever números, faça um ponto, com o indicador, na base da palma de sua mão, isso lhe indicará que dali em diante virá um número.

Referências Bibliográficas

MEC. Apostila, Formação de Multiplicadores nas áreas de Surdocegueira e Deficiência Múltiipla – 1ª etapa, São Paulo, 2007.

GRUPO BRASIL. Série Surdocegueira e Deficiência Múltipla Sensorial. Ciclo Press Gráfica & fotolitos, 2005.

http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=667

2 comentários:

  1. Muito bom esse texto sobre informações básicas sobre surdocegueira, Bom pelo fato de já ter dado aula para um aluno que é DV, no primeiro momento tive medo pois, nunca tinha trabalhado com DV...mas foi uma experiência maravilhosa.

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  2. Gostei muito das informações sobre surdocegueira, trabalho com cegos, mas ainda não tive experiência com surdocegueira. Inclusive me especializei na Orientação e Mobilidade, sou apaixonada por este trabalho, mas isso não aconteceu da noite para o dia, foi somando muito trabalho e o progresso dos alunos...

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